É OU NÃO É O Ó DO BOROGODÓ?

Olá meu povo!

Depois do grande sucesso da novela da Rede Globo “Cordel Encantado”, com uma trilha sonora de fazer chorar qualquer nordestino orgulhoso de verdade da sua terra (como eu!), a nossa preciosa cultura e nosso tão particular dicionário, vi na própria emissora, uma matéria para “traduzir” algumas palavras que eram ditas durante a novela e que eram desconhecidas de muitas pessoas (não da nossa região, claro).

Mas o que é esse tal de BOROGODÓ?

O Borogodó é aquele “extra”, que só o nordestino tem, agora tem coisas que são o Ó do Borogodó, isso significa que são coisas que são o cúmulo. Coisas que são quase inadmissíveis.

Mas o tema de hoje, não é sobre o sucesso da novela, nem sobre o nosso dicionário, muito menos sobre as riquezas de nossa região, mas sobre algo que é o próprio Ó do Borogodó!

Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades, é tudo vaidade! Ec. 1:2

Tenho visto ao longo dos anos (sim, dos anos!), muita gente usar esse versículo como desculpa para uma total falta de cuidados consigo mesmo, gente que não se cuida com a desculpa esfarrapada de que a Bíblia condena a vaidade, porém o que podemos entender desse versículo, de uma forma geral, não é uma condenação da vaidade, e nem a vaidade no contexto de um cuidado consigo, mas a vaidade quando se torna soberba.

Acredito que, mesmo como cristãos, devemos ter cuidado com nosso corpo e também com a nossa aparência, pois nosso corpo é templo e morada do Espirito Santo. Não estou falando de serem escravos da moda ou da aparência em si, mas nos cuidar, não é por que somos “separados” desse mundo, que vamos deixar de ter um mínimo de cuidado com nosso corpo, afinal, de qualquer forma, estamos no mundo.

É claro que temos de ter cuidado com os excessos, tudo demais não é benéfico, mas é ou não é o Ó do Borogodó ficar com as unhas cheias de cutículas, o cabelo cheio de pontas quadruplas, ressecado e sem viço, as pernas cheias de pelos e cheirando a sabão amarelo?

Claro, há casos e casos, não é? Mas falo de uma forma geral, quando isso acontece por opção, e não por falta dela.

Hoje em dia, isso tem se dissipado mais, mas houve um tempo em que ser crente era quase sinônimo de “desleixo visual” (inventei essa expressão, ahuahuahua!), exemplo que vi acontecer MUITO:

Mulher casada, vaidosa, andava sempre bem arrumada, cheirosa, unhas bem feitas, cabelo arrumado, bem vestida e sempre muito carinhosa com o marido. De repente tem um encontro com Deus e aceita Jesus. 

Então agora, (ao invés de melhorar, já que como cristãos temos um outro senso de moda, fazendo com que nos vistamos de forma mais "social", digamos, e menos exibicionista), acredita que não pode ter vaidade, então passa a andar desarrumada, não se depila (é pecado!), não arruma o cabelo (é pecado!), não faz as unhas (é pecado!), não usa perfume (é pecado!), se veste com um vestido de chita, de gola alta, mangas compridas exibindo apenas as canelas cabeludas, e calça uma sandália havaiana. Aos sábados, (dia do chamego com o maridinho), faz jejum e consagra seu corpo a Deus, portanto passa o dia inteiro na igreja e não faz comida. Chega em casa, não dá atenção ao marido (e naquele estado em que ela se encontra, nem ele a ela!), e o marido, que não é evangélico, que não entende (e quem entende?), sai aos bares da vida e acaba por abandonar sua mulher.

 De quem é a culpa? De Deus? Da igreja? Não, minha querida, a culpa é dela mesma, por que em parte nenhuma da bíblia diz que é pecado se cuidar, se arrumar nem nada disso!

Alertem para os falsos ensinamentos, povo! Peçam sabedoria a Deus para agir de acordo com o que Ele espera de nós.

Dicas de moda, unhas, maquiagem, cabelos e muito mais para todas as doutrinas no meu blog de moda, por que é o Ó do Borogodó ficar desleixada, não é? Não faz bem para ninguém.

Ehdoborogodoh.blogspot.com.br

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Até a próxima!